segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Toda Vergonha Só Me Acanha Quando Alguém Me Descobre a Obra

Encontrei-te estirada sobre a cama
Nua, com a mão direita te excitavas
E que apenas repousava a cabeça
fechava os olhos e suspirava
Tão belos os contornos do teu corpo
Me chamando para entrar na tua dança
Deste nosso primeiro encontro
Por que me espanto?
Posso senti-la quente por um momento
imaginando que escapo da mentira
Colhendo a flor que trazes no peito
Metendo meu joelho entre tuas coxas
E segurando firme a mão em teus cabelos
No teu ouvido te chamando de puta
enquanto mexes a cintura feito louca
e eu passo a língua em tuas costas
e beijo com fúria tua nuca
Até que a chuva desaba molhando nossa roupa!
Deixas-me então falando sozinho
Quando finalmente vais embora
e tudo é causa do nosso sofrimento
Só a tua lembrança tão fugaz
trago então para te aliviar do peito
Mas a estranhos contas tuas estórias e me debochas
só deles aceitas as carícias e os beijos
Enquanto tua boca faminta olha-me todo
E o dente que falta é justo o que devora
mastiga o puro ódio que escorre com a saliva.
Mas deixo tudo para trás, solto de tuas garras
Corro nu e o meu membro livre aponta a noite
Com teu olho livre, encontras onde me escondo
Alguém corre em meu socorro e me avisa
Que estás chegando então fujo apavorado
dos teus intestinos de bruxa
Mas quando olho para baixo receio
que de repente minhas pernas desapareçam...

(Resta-me apenas encarar-te agora o rosto, sulcado por todos os infortúnios e tragédias da amarga vida; só me resta chorar o corpo ferido, enterrado em tuas belas presas maculadas; mas em dado momento noto: Certo piscas! Aproveito o momento e me escapulo antes que vejas, ou então que me farejes; pelo menos até que o dia amanheça, pois se me distraio tu me alcanças, e me espeta na tua lânguida preguiça)

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