Contos em geral, aproveitando a oportunidade da vida dada por Deus, o que gera enormes dúvidas quanto ao destino de cada um frente essa coisa chamada morte. Como um exercício de estar no mundo e de crescimento espiritual, aprendizado e diversão, contribuindo com a construção de uma pessoa melhor consigo mesma e com os outros.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Céu Líquido Obsceno
(Prólogo: Substitua "Palavrão" nos períodos politicamente corretos pelo palavrão de sua escollha.)
Várias imagens surreais e coloridas feito um intervalo da tevê, como a insistência de quem produz arte para as massas, de quem prepara algo e divulga depois de muito editar, esperando que os comentários sejam moderados.
Nada disso acontece, está completamente fora da realidade.
Ainda bem.
Por enquanto, estão a sofrer coisas que não viveram, fingindo ver o que não existe. Pior, acreditam-se injustiçados pela exposição da imaginação tosca confrontada com a realidade imaginada na própria cabeça, feito um diretor que inexiste fora dum programa e que proíbe de existir algo além do que pensa.
Como se coubesse nesse mundinho que criou para si aquilo que não passa de um puta Palavrão.
É isso o que fazem de nós, que por imitação somos obrigados a copiar.
Será possível viver decentemente nessa Palavrão?
-Eu tava no escuro da boate, Palavrão, mas vi muita gente seminua pintada de luzes estroboscópicas!
-Finalmente conheci a essência do átomo! Palavrão, descobri que ele não existe realmente, é apenas uma teoria da essência das coisas, feito uma cor azul para designar um sabor!
-A teoria da linguagem também não existe, pois justo na teoria é onde mais se usa a linguagem, como quem se detona tentando provar qualquer Palavrão!
-No dia o calor faz suar o Palavrão; quando chega a noite esfria um pouco, então tomo um banho e me deito do lado da mina, para enfiar minha Palavrão na Palavrão dela, e assim nós gozamos a vida.
-Sinto teu gosto ao lamber tuas pernas, até que encosto minha língua na tua Palavrão...
Nada disso, nada de nada, nada.
Ainda é cedo amor, mal começamos a vida.
O mundo é uma mulher resolvida que procura o cara dos sonhos, acredita que o mundo é um moinho, onde ninguém tem razão: todos cavam seus abismos com loucura e cinismo, abismo que cavamos com nossos próprios pés.
O mundo é uma Palavrão, Cartola...
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